Arthur Braga fala sobre startups, tecnologia e inovação no Direito

Advogados precisam se aproximar das startups, diz Arthur Braga, fundador do Bonuz

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A intersecção do Direito com startups, inovação e a tecnologia é um dos nossos temas favoritos aqui na Academia Mol. Por essa razão, hoje, trazemos um convidado especial para falar justamente sobre a importância de os advogados e profissionais do Direito manterem os olhos e a mente abertos para os impactos e os benefícios que essas áreas podem trazer para os departamentos jurídicos: Arthur Braga, sócio do escritório Braga Nascimento e Zilio e fundador do Bonuz, braço da banca que é totalmente dedicado ao atendimento das startups e empresas de tecnologia.

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Especializado em venture capital pela prestigiada Universidade da Califórnia, Berkeley, ex-presidente da comissão de startups da OAB (2018-2019) e coordenador do curso legal talks, do Ibmec, Braga bateu um papo com o blog sobre empreendedorismo no Direito, os desafios dos departamentos jurídicos e as competências essenciais para os advogados hoje em dia. 

Veja abaixo: 

Você fundou o BNZ Innovation, que se tornou o braço para inovação do escritório, startups de um escritório tradicional e agora se chama Bonuz. Por que você sentiu essa necessidade? 

Arthur Braga: Notei que o mercado de startups estava explodindo e essas são empresas que crescem muito rápido. Por isso, precisam de segurança jurídica para conseguir crescer de forma organizada, o que torna importante a assessoria de um advogado. Ao mesmo tempo, os escritórios de advocacia e serviços jurídicos de hoje em dia ainda são muito caros e o seu modelo de negócio não está adaptado para atender as demandas desse novo público. 

Com isso em mente, montamos essa área no BNZ, para atender exclusivamente startups e empresas de tecnologia, mas criamos um formato diferente. Não cobramos por hora, oferecemos um pacote de crédito que o empreendedor compra e que é debitado na medida em que o serviço é realizado. A ideia é a de ajudar as empresas a conseguirem se planejar, já que os custos são menores. 

Como foi o processo de desenvolvimento da nova área? Houve resistência talvez por não ser uma área tradicional no Direito?

Eu tive uma certa facilidade, já que o escritório foi fundado pelo meu pai. Isso me deu a liberdade de construir essa iniciativa, ainda mais considerando que ele sempre teve esse perfil empreendedor, de apostar em novos negócios. Fora do escritório, a resistência foi maior e muitas pessoas achavam que isso não daria certo, mas hoje isso mudou e o que fazemos é muito bem aceito.

Quais os maiores desafios que os departamentos jurídicos enfrentam hoje?

Advogados são muito técnicos e acabam deixando as soft skills, como gestão, de lado. É essencial se aprimorar nessa área, principalmente os advogados que estão trabalhando com gestão e coordenação. Além disso, acho que outro desafio grande é fazer com que essa área conseguir conversar com novas tecnologias. Hoje, há várias legaltechs bacanas surgindo e elas estão aí justamente para ajudar os advogados e os departamentos jurídico. 

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E quais as maiores tendências na área para o mundo jurídico em 2020?

As novas plataformas estão vindo com tudo. Hoje temos as plataformas de mediação online, que tornam mais dinâmica a relação das partes em conflito. Temos também plataformas de gestão de processos, que ajudam os departamentos a se tornarem mais eficientes. Além disso, temos o blockchain, muito aplicado no Direito, especialmente para a segurança das assinaturas digitais. 

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Quais competências são as mais importantes para os advogados de hoje?

O advogado precisa ser cada vez mais multidisciplinar, precisa entender o Direito como um todo, mas precisa também ter o conhecimento de outras disciplinas, como marketing, economia e administração de empresas. Ter esse conhecimento de outras áreas é algo que ajuda os profissionais a enxergarem mais oportunidades para os clientes.

Setores como o bancário, telecomunicações e varejo estão entre os maiores litigantes em Direito do Consumidor. Na sua avaliação, qual o caminho para mudar esse panorama? 

A tecnologia é uma aliada importante nesse quesito. Hoje, os processos de Direito do Consumidor nos quais essas empresas estão envolvidas são muito parecidos. Nesse sentido, as novas plataformas trazem ganhos importantes para as empresas, principalmente na gestão desses casos. A tecnologia é capaz de acelerar a eficiência e reduzir custos, mas também é importante que os departamentos jurídicos dessas empresas desenvolvam uma mentalidade aberta, próxima das soluções tecnológicas e da inovação. 

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