Avanços tecnológicos estão mudando a advocacia em geral e, claro, também o departamento jurídico. Essas transformações na área tornam inevitável uma mudança no perfil de uma peça-chave desta estrutura: o líder.
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Quem é o diretor 4.0 do departamento jurídico?
É do diretor do jurídico a tarefa de conduzir as empresas em meio às mudanças legislativas em âmbito local e global, bem como a sua relação com o Judiciário, onde elas ocupam a incômoda posição de maiores litigantes. É dele também a missão de mostrar a importância do departamento jurídico no dia a dia da operação, já que o mesmo é muitas vezes percebido como um gerador de custos, não de resultados.
O diretor jurídico 4.0 é capaz de assumir todas essas tarefas e se tornou um perfil cada vez mais procurado pelas empresas. Se até pouco tempo a área foi impactada por reduções de custos e a “juniorização” dos advogados, a retomada econômica e as mudanças complexas trazidas à tona pela crise econômica que assolou o Brasil evidenciaram a necessidade de se apostar em profissionais experientes, consolidados e competentes.
Não à toa, os salários oferecidos nestas posições têm se mostrado muito competitivos. E são até mais altos do que o observado em outros postos importante das empresas. Segundo a consultoria Robert Half, diretores jurídicos estão entre os profissionais mais bem pagos do mundo dos negócios no Brasil.
Abaixo, a Academia Mol mostra quais são as cinco competências essenciais, e as mais cobiçadas pelas empresas, que o novo diretor do departamento jurídico precisa ter.
- Visão de negócios
Foi-se o tempo em que apenas conhecimentos aprofundados sobre do Direito eram exigidos dos profissionais. O novo diretor do departamento jurídico, mostrou a Robert Half, precisa entender e muito sobre negócios. Assim, conseguirá se envolver na operação e inserir o departamento jurídico nas decisões de alto nível.
- Perfil comercial
Também não basta ter um perfil analítico, tão importante para os profissionais da advocacia, mas é necessário adotar uma postura de vendedor. A ideia, aqui, é a de mostrar engajamento e comprometimento com os negócios da empresa, ajudando, também, na aquisição de clientes e a prospecção de oportunidades.
- Senso de dono
Parece um clichê, mas essa é uma competência cada vez mais cobiçada pelas empresas na busca por profissionais de liderança para o jurídico. Vestir a camisa, se engajar no negócio e ter um olhar detalhado e atento para a operação é cada vez mais essencial para os diretores dessa área.
- Conhecimentos em tecnologia
Já falamos algumas vezes aqui na Academia Mol sobre os impactos que a tecnologia trouxe para o Direito nos últimos anos. E o novo diretor jurídico precisa estar a par do que há de mais avançado em termos de soluções tecnológicas que podem ser aplicadas à área. Além de auxiliar na gestão dos processos cotidianos, ferramentas de data analytics e business intelligence também podem ajudar na redução de custos e tomada de decisão.
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- Inovação
Inovar é um conceito amplo, que pode ser aplicado de diferentes maneiras. Na vida profissional, ter a “competência de inovar” é estar ligado nas novidades e tendências para o mercado jurídico, bem como para o mercado no qual a empresa atua. Pensar fora da caixa e buscar soluções criativas para os desafios que o negócio enfrenta.
Não sabe como começar? Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, tem uma dica valiosa: “Há duas maneiras de inovar. Você pode plantar várias sementes, não se comprometer com nenhuma delas e ver como elas crescem”, explica o executivo, “mas isso não é como nós encaramos a inovação. Primeiro olhamos para a missão.Depois, focamos nas peças necessárias para conquistá-la, nos aprofundamos e nos comprometemos com elas”.
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