Líderes dos Anos 2020 e o conceito de Caring, Creative and Inspiring

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Você é (ou pretende ser) chefe ou líder, nos anos 2020?

Alguém já disse que “manda quem pode e obedece quem tem juízo” (ou boletos a pagar). Será que ainda é assim?

De certa forma é, pois muitos de nós ainda precisamos sim obedecer, por várias razões. Mas isso está mudando.

Na sua equipe, no seu departamento, qual é o estilo de chefia/liderança, e o que você está fazendo para que melhore? Pense nisso e ajuste suas condutas rumo ao coletivo.

Há bastante tempo aprendemos a diferença entre chefes e líderes, entre os que chefiam (mandam) e os que lideram (mostram o caminho, e juntos andam na mesma direção).

Metaforicamente, chefes dizem: “vão”, e líderes dizem: “vamos”. E isso “muda muita coisa”’.

Logicamente a questão é bem mais profunda do que um simples “jogo de palavras”, mas se entendermos essa distinção já será um grande avanço.

Leia também: Entenda o papel da liderança no departamento jurídico das empresas

 

Como são/serão os Líderes dos Anos 2020?

Serão pessoas que se preocupem (e ocupem) mais com os outros. Certamente mais empáticos, inclusivos e respeitosos. Bem mais!!

Embora ainda seja frequente em grupos, e em empresas, que alguns se comportem como chefes, já podemos festejar que a maioria tenha aprendido que no Século XXI o conceito do chefe tende a desaparecer.

Em poucas palavras, o líder talvez seja o individuo que tem grande capacidade de entender pessoas e de lidar com elas, identificando características, necessidades, motivações, causas, anseios, especificidades e objetivos. O líder também consegue identificar o que o grupo quer, e o que pode fazer.

Motivar o grupo para que faz mais, realize mais, dedique-se mais, faz parte da liderança, mas respeitando os limites do que realmente precisa e pode ser feito.

O líder talvez seja a pessoa (em um certo grupo) que consiga unir outros indivíduos em torno de um objetivo comum. E com bastante cuidado.

Essa liderança pode ser bem ou mal utilizada, pode construir ou destruir, mas quando bem empregada pode ser de grande valia, para grupos, famílias, equipes, empresas e até Países.

Os (meros) chefes estão “ficando pelo caminho”… E provavelmente tendam a desaparecer.

Poucas são as instituições que ainda são pautadas pela “mera” hierarquia, como um “dado”, e não pela efetiva conquista daquela posição.

A maioria de nós já não convive bem com os chefes, em especial com os que não são realmente escolhidos para tanto. E com os que não se preocupam com as equipes.

“Lideres” que não ligam para as pessoas, que não cuidam delas, que não se preocupam, e que não inspiram, não são líderes.

Algumas pessoas podem ainda “aceitar” a chefia “temporária” por necessidade (econômica por exemplo), mas é bem provável que na primeira oportunidade troquem o chefe por um líder.

Seja pela conversão de alguns chefes em líderes, seja pela falta de pessoas que aceitem o conceito da chefia e de receber ordens.

O conceito é tão genuíno quanto interessante, e muitas vezes sequer se equipara o líder ao chefe (nem se compara e nem se equipara), pois podem até mesmo coexistir. Pode haver os dois no grupo.

Por vezes, um departamento em uma empresa, tem um chefe, que (chefia e) dá ordens, e geralmente é obedecido pelo grupo, em função de sua posição hierárquica superior, mas esse chefe nem sempre é líder. E o líder pode ser outro colega, com posição hierárquica muito inferior, mas que seja realmente quem lidera.

Chefe e líder podem unir forças e esforços em alguns casos, havendo acolhimento, compreensão, respeito, empatia e objetivos comuns.

Uma das ferramentas que a vida corporativa exige do chefe que ainda não quer ou não consegue ser também líder, é a inteligência emocional, para identificar e respeitar o líder (para com ele conviver, assim como com a equipe). Para que tentem uma efetiva união em prol do grupo, e da empresa.

Líderes costumam ser bons, também em identificar e reconhecer outros líderes, e se possível conviver “super bem” com eles. Nas suas próprias equipes e grupos ou em outros.

Chefes no sentido tradicional querem que todos sob a sua gestão “deem o máximo”, produzam o máximo. E se assim não for, demite-os.

Lideres procuram conhecer mais e melhor as pessoas, para identificar seus potenciais, ajustando posições e tarefas, para que rendam mais onde forem mais produtivas e também mais felizes.

Líderes não buscam apenas a produtividade individual de cada pessoa, mas a somatória do grupo.

Podemos estudar muito sobre lideres e liderança; pois há muita “coisa” no mercado.

Livros, seminários, cursos, palestras e dicas sobre liderança povoam bibliotecas, livrarias, escolas e a internet, mostrando que há vários “tipos” de líderes. E de fato há muitos conceitos.

De outro lado, pode não ser o suficiente e pode nem ser necessário.

Pessoas não são iguais e líderes também não, com estilos próprios e únicos, mas talvez se consiga identificar pontos comuns.

Fala-se, por exemplo do líder servidor, do democrático, do liberal, do visionário, do motivador, do “coach” etc. Talvez sejam tipos diferentes de liderança, que podem funcionar em alguns lugares ou grupos, mas o “certo” é que quando vemos um líder, ele como tal se comporta. E é “fácil” reconhecer.

O líder realmente envolve pessoas, passa segurança a elas, faz com que queiram estar com ele e caminhar juntos. Muito pela identidade de propósito e de “bandeira”, mas também pelo poder do convencimento construtivo e positivo.

Lideres também podem ser “circunstancionais”, ou seja, podem ser lideres de um grupo em um momento, mas não em outro, assim como podem exercer certa liderança em um dos grupos dos quais participem, mas não em outros.

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Caring, Creative and Inspiring

O que se imagina que os anos 2020 exijam nesse aspecto tem sido denominado por alguns observadores como “Líderes CCI”, “Caring, Creative and Inspiring”.

A própria tradução já indicaria que os “novos líderes” precisarão ser cuidadosos (acolher e cuidar das pessoas, dos seus “liderados”), criativos e inspiradores. O que gera, também, muita responsabilidade.

Deixamos o convite para uma grande reflexão: Que tipo de líder você é, ou pretende ser?

Sabemos que líderes realmente não mandam (quem pensa fazer isso ainda se imagina chefe), uma vez que conseguem inspirar seus liderados a tal ponto que todos integram um projeto comum, com senso de objetivo, de causa, e de responsabilidade pelo resultado do grupo. Onde todos (os que aceitam o convite) tem a mesma meta, e para que essa seja alcançada, trabalham.

Havendo uma meta comum, que seja realmente de todos, e que todos queiram alcançar, espera-se que todos atuem em equipe, com funções e tarefas complementares, em tamanha sintonia que nem se precise mandar. Todos sabem o que fazer e fazem.

O líder passa a ser um mentor, um inspirador, que se utiliza dessa liderança pelo bem do grupo, acolhendo a todos, ajudando a todos, e fomentando o trabalho conjunto, rumo à mesma meta, que não é deste ou daquele (nem mesmo do bom líder).

Em tempos de padronizações, sistemas, regras, “softwares”, automação, um dos grandes diferenciais será também a criatividade.

Mais e mais serão os aspectos humanos, emocionais, que “farão diferença”, num mundo cada vez mais digital e eletrônico.

Máquinas podem fazer muita coisa, mas ainda não sã capazes de nos levar a fazer outras. Ainda não são nossas líderes e nem chefes. E provavelmente queiramos resistir a isso, buscando abrigo, justamente, no humano.

Os Líderes CCI são e serão os que conseguirem perceber que as pessoas querem ser cada vez mais ouvidas, sentidas, acolhidas e respeitadas, e que se unirão em torno de pessoas que tenham os mesmos ideais e que as inspirem. Agregando, ainda, criatividade para lidera com as questões do dia a dia, e com as mais profundas e desafiadoras.

Seja você o líder ou parte de uma equipe liderada por um, procure viver mais nesse conceito, do Líder CCI (que é criativo, e cuida e inspira), que a todos acolhe, que procura o melhor em cada um, que aloca pessoas conforme suas maiores habilidades e competências, para que o grupo seja melhor e alcance mais resultados, sempre de forma inovadora e criativa, e inspirando o grupo.

Biografia do autor

Leonardo Barém Leite é advogado em São Paulo, especializado em negócios e em advocacia corporativa, sócio sênior da área empresarial de Almeida Advogados, com foco em contratos e projetos, societário, governança corporativa, “Compliance”, fusões e aquisições (M&A), “joint ventures”, mercado de capitais, propriedade intelectual, estratégia de negócios, infraestrutura e atividades reguladas. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (“São Francisco”) com especialização em direito empresarial. Pós-graduado em administração e em economia de empresas pela EAESP-FGV/SP, bem como em Gestão de Serviços Jurídicos pela mesma instituição. Pós-graduado em “Law & Economics” pela Escola de Direito da FGV/SP, especializado em Direito Empresarial pela Escola Paulista da Magistratura (EPM) e em Conselho de Administração pelo IBGC/SP. Mestre em “Direito Norte Americano e em Jurisprudência Comparada” pela “New York University School of Law” (NYU/EUA). É membro de diversos conselhos de instituições brasileiras e internacionais, autor de diversas obras sobre gestão jurídica estratégica e direito empresarial, professor em cursos de pós-graduação. Integra várias comissões e comitês de advocacia corporativa em São Paulo e em outros estados. É professor em cursos de pós-graduação em gestão de departamentos jurídicos de empresas na FIA e na FAAP, em São Paulo, e autor de livros sobre o assunto. Foi sócio sênior do escritório “Demarest e Almeida – Advogados” onde atuou por mais de 20 anos, e também advogado estrangeiro no escritório “Sullivan & Cromwell” em NY e na Europa nos anos 1990.

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