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O que é Inovação?

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Talvez sejamos condicionados a pensar sempre em inovar, progredir, modernizar, sem que nos concentremos muito no que isso significa.

Inovar em que? Para que? De que forma? Com qual objetivo? Será que às vezes buscamos o novo apenas por ser novo? Novo significa, necessariamente, melhor? Será que sempre que inovamos somos mais felizes?

Muito falamos sobre inovação, criatividade, “disrupção”, modernidade, “isto ou aquilo 4.0 (até 5.0)”…

Veja também: 5 tendências em inovação nos departamentos jurídicos para o ano de 2020

O que é inovação?

Talvez alguns de nós fiquemos um pouco perdidos (ou “seduzidos”) pelas chamadas inovações dos últimos tempos, geralmente ligadas à alta tecnologia, “business intelligence”, algoritmos, “softwares/sistemas”, robôs, inteligência artificial, “start-ups”, produtos ultra-modernos etc.

Entendo que inovação pode ser “tudo isso”, ou “nada disso”, a depender do que cada um de nós entenda como novo, inovar, inovação…

O que é realmente inovar para você? E para a sua equipe? E para a sua empresa?

Vejo a importância, e a necessidade, de inovarmos sempre, em tudo, a todo momento, mas não necessariamente com algo “do outro mundo”, “revolucionário”, e nem mesmo ligado a altíssima tecnologia.

Inovar talvez seja simplesmente fazer algo de uma forma nova, diferente, de uma maneira que antes não se fazia e que pode ser melhor.

Escolher “passar o final de semana”, de uma maneira nova tem o “seu valor”, não tem?

Inovar talvez seja algo que utilize menos energia, cause menos resíduos, economize tempo ou recursos, traga mais prazer, seja mais simples, seja mais humano, gere mais e melhores resultados… O que é inovar?

Houve épocas em que alguns brasileiros podiam (e queriam) ter um carro novo todos os anos, os chamados “modelos do ano”, “último tipo”, e geralmente eram carros maiores e mais potentes (muitas vezes consumindo ainda mais combustível), assim como houve a época em que muitos queriam ter este ou aquele disco, aquele “aparelho de som”… Bastante coisa mudou.

Por muito tempo o novo era necessariamente mais caro, mais potente, e maior. Muitas vezes algo mais brilhante e extravagante. Será que ainda é assim?

O que buscamos ou queremos do novo é sempre algo super revolucionário? Precisa ser?

Inovar pode ser algo simples

Geralmente a inovação é bem mais simples do que se imagina de início, pois não precisa ser obrigatoriamente “enorme” e nem mudar tudo. Inovar pode ser algo pequeno, pode ser algo simples, bastando que inove. Basta ser novo.

A história mostra fatos realmente marcantes como a descoberta da roda ou do fogo, a pólvora, as grandes navegações, a máquina a vapor, as vacinas, a penicilina, o telégrafo, o avião, os computadores e a internet.

Sim, são inovações extremamente importantes, e algumas delas “mudaram o seu tempo”. Mas será mesmo que apenas inovações dessa magnitude são importantes?

Será que inovação é apenas uma “tremenda” descoberta, ou podemos também considerar conjuntos de pequenas inovações?

Pequenos ajustes ou melhorias, que ajudem de alguma forma, seja o que for, não podem ser igualmente inovações?

Muitas vezes vemos, por exemplo, nos esportes, um novo estilo de jogo desta ou daquela equipe, que por algum tempo chamamos de “inovador”, e pode até resultar em muitas vitórias. Pode ser mesmo algo novo!

Uma nova forma de escrever, de apresentar um espetáculo, de jogar, de cozinhar, de cantar ou de tocar, de pintar, de brincar, de explicar, de treinar… São inovações, não são?

Tanto na vida familiar ou social, quanto nas empresas e nas organizações de forma geral, o novo pode ser algo “pequeno”/simples, mas que gere muito impacto positivo e resultados. Seja de forma individual ou numa seqüência de “pequenas” inovações.

Inovar pode ser, por exemplo, uma nova forma de se lidar com as pessoas no trabalho – desde uma nova forma de cumprimentar pela manhã, ou de festejar datas e conquistas, quanto alterar a política de benefícios ou escalas de trabalho. Inovar pode ser uma nova maneira de se treinar e motivar colaboradores, ou um jeito diferente de avaliar e “dar feedback”.

Em alguns casos, um pequeno ajuste na maneira de se conversar ou explicar faz grande diferença e pode ser uma inovação.

Uma nova forma de se ministrar uma aula, um abraço mais apertado, um conselho mais acolhedor, o exercício da empatia, a comunicação construtiva e não violenta, a escuta ativa, e o resgate do “ser humano” (de verdade!) podem fazer muita diferença.

Talvez consigamos mais e melhores resultados nas empresas (e com bastante inovação), com algumas “novidades” simples, que gerem grandes mudanças.

Quando pensamos em inovar pensamos em algo para quem? Para máquinas ou humanos?

Nas  empresas, as maiores inovações muitas vezes são “simples”, e são as que melhoram a comunicação, as que geram maior bem estar, e que ajudam as pessoas em seu trabalho para que se sintam melhor e mais valorizadas, mais estimuladas, e percebam que atuam em equipe e num mesmo projeto.

Talvez empresas precisem aprender mais com times esportivos e com as forças armadas no sentido de equipe, de atuar juntos e dependendo uns dos outros, com vitorias e derrotas de todos. Já seria uma inovação!

Sabe-se que pessoas mais felizes, integradas e motivadas trabalham mais e melhor, e produzem muito mais. Em função disso, pensar em como promover essas questões pode ser uma maneira de inovar.

Em muitos casos, alguns colaboradores não sabem (ou não entendem) o que realmente a empresa como um todo faz, ou em que aspecto a sua atividade é importante. Muitos apenas trabalham…

Criar equipes “de verdade”, com objetivos comuns, integradas e estimuladas, que sintam e (que de fato) atuem como times pode ser inovador; e gerar resultados fantásticos. E, por vezes, a “mágica” está na forma de se conversar.

A inovação, nem sempre precisa vir “da NASA” ou do “vale do silício”, nem de uma “super start-up”, de um “novo aplicativo”, ou mesmo da área de “P&D” da empresa. Pode vir de você mesmo, ou do RH.

Por vezes, uma grande e excelente maneira de inovar é pedir às pessoas que sugiram ajustes e melhorias nas equipes e nas empresas.

Frequentemente gasta-se fortunas com novas ”máquinas” ou “super consultorias” sem que os resultados alcançados depois sejam tão grandes/bons quanto os que se consegue ouvindo colaboradores que queiram (e sintam que podem) ajudar e sugerir “inovações”.

Criar uma “caixa” (atualmente um sistema) de coleta de sugestões pode ser uma enorme inovação na sua casa, na sua família, no seu condomínio, no seu clube, no seu bairro, na sua equipe e na sua empresa.

Muitas relações de trabalho, parcerias comerciais e mesmo amizades ou relacionamentos amorosos estão desgastados, e podem melhorar muito com pequenos e impactantes ajustes “inovadores”.

Refletir sobre isso, buscando o novo, pode ajudar bastante se repensarmos o que é inovar. E para que fazemos isso (ou queremos que aconteça).

Inovar pode começar por mudar o “bom dia” à sua mulher ou ao seu marido (assim como aos filhos, aos pais, aos colaboradores…), mudar a forma de celebrar conquistas e “datas”, mudar “o caminho” ou a forma de se locomover pela cidade, a maneira de cumprimentar um amigo ou parceiro, a forma de se organizar reuniões, o “jeito” de apresentar projetos ou processos e fluxos etc.

Pensemos que inovar pode ser “apenas” fazer “o mesmo” de outra forma, muitas vezes até de maneira mais simples, e por vezes, inclusive, com menos tecnologia. Desde que seja melhor!

Por vezes a inovação decorre mesmo de alta tecnologia e de grandes descobertas ou criações, e são importantes; mas aqui defendemos que prestemos atenção às várias maneiras de inovar. Em especial as mais simples.

Inovar talvez seja inovar, sem que precise ser desta ou daquela forma.

As chamadas “super potências” e as “grandes corporações”, assim como os grandes gênios e centros de pesquisa são parte da nossa realidade e tem enorme valor. Mas nós, “pessoas comuns”, também podemos (e devemos) inovar.

O segredo sempre está no equilíbrio!!

O que você pode inovar hoje?

Biografia do Autor

LGPD Leo Leite AdvocaciaLeonardo Barém Leite é advogado em São Paulo, especializado em negócios e em advocacia corporativa, sócio sênior da área empresarial de Almeida Advogados, com foco em contratos e projetos, societário, governança corporativa, “Compliance”, fusões e aquisições (M&A), “joint ventures”, mercado de capitais, propriedade intelectual, estratégia de negócios, infraestrutura e atividades reguladas.

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (“São Francisco”) com especialização em direito empresarial, pós graduado em administração e em economia de empresas pela EAESP-FGV/SP, bem como em Gestão de Serviços Jurídicos pela mesma instituição. Pós-graduado em “Law & Economics” pela Escola de Direito da FGV/SP, especializado em Direito Empresarial pela Escola Paulista da Magistratura (EPM) e em Conselho de Administração pelo IBGC/SP. Mestre em “Direito Norte Americano e em Jurisprudência Comparada” pela “New York University School of Law” (NYU/EUA). É membro de diversos conselhos de instituições brasileiras e internacionais, autor de diversas obras sobre gestão jurídica estratégica e direito empresarial, professor em cursos de pós-graduação. Integra várias comissões e comitês de advocacia corporativa em São Paulo e em outros estados. É professor em cursos de especialização em Gestão Estratégica de Departamentos Jurídicos de Empresas na FIA e na FAAP, em São Paulo, e autor de livros sobre o assunto. Foi sócio do escritório Demarest e Almeida – Advogados onde atuou por mais de 20 anos, e também advogado estrangeiro no escritório Sullivan & Cromwell em NY e na Europa nos anos 1990.

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