O que é mediação assistiva? Saiba a importância para a democracia e para nossa sociedade.

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MEDIAÇÃO ASSISTIVA

Mediação assistiva é a mediação que conta com o auxílio de técnicas e ferramentas hábeis a promover equilíbrio, garantir isonomia, na mediada da existência de desigualdade entre as pessoas. Possibilita a tomada de decisão informada, trazendo protagonismo para quem até então não ditava sua própria história por circunstância de deficiência ou por envelhecimento.

A mediação assistiva, portanto, traz inclusão, protagonismo, equilibra as partes para a tomada de decisões gera exercício de democracia e cidadania permitindo a participação de pessoas que em circunstância de deficiência ou por envelhecimento não eram devidamente ouvidas.

Para vermos de onde advém o termo Mediação assistiva, cumpre analisar as lições de Bersch (2013) que menciona que a tecnologia assistiva atua “como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou por envelhecimento” (BERSCH, 2013, p. 2).

Segundo trabalho desenvolvido por CARNEIRO, Virgínia Bastos e outros a “Tecnologia Assistiva é a tradução para o português do termo inglês Assistive Technology. O novo vocábulo, que não consta nos dicionários de nenhuma das duas línguas, foi criado pela necessidade de nomear algo como “que assiste, ajuda, auxilia” (SASSAKI, 1999). Tecnologia Assistiva, TA, abrange uma gama de recursos cuja finalidade é a de assessorar o desenvolvimento de pessoas com deficiências e de proporcionar uma relativa melhora na qualidade de vida por meio de uma promoção na inclusão em meios sociais. A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), assim definiu TA: Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (BRASIL, 2009, p. 26). Seu conceito, utilização e objetivos ainda estão em fase de elaborações, ajustes e concretizações. A abrangência do novo paradigma da inclusão de pessoas com deficiência em escolas regulares, e as leis que a promovem e difundem sua obrigatoriedade, funcionam como mola propulsora para o desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia assistiva.5

Assim, a mediação assistiva traz inclusão para as pessoas em contexto de deficiência ou envelhecimento que até então não eram ouvidas, possibilitando para que possam participar de mediações, com isonomia, garantida através da atuação de mediadores capacitados e com instrumentos adequados, que as auxiliam  para que chequem a  tomada de decisões informadas.

DO PRIMEIRO SEMINÁRIO  DE  MEDIAÇÃO ASSISTIVA.

Em vista da importância da  Mediação Assistiva , nesta última quarta, 25 de abril , foi realizado o  Seminário Mediação Assistiva: Como gerir conflitos no contexto da pessoa com deficiência,  que reuniu 200 pessoas no Auditório da APAE em São Paulo , com transmissão ao vivo  que contou com apoio da Mediação online. Confira a íntegra da gravação do evento, mostrando nos diversos contextos como pode ser realizada a mediação assistiva, através do link: https://youtu.be/BH53USxkzbg.

O evento contou com a participação do Desembargador Ferreira Alves do TJ/SP que emocionou a todos lembrando do filme “O Vendedor de Sonhos “, ressaltando  que a mediação pode ser  a “vírgula” a ser trocada pelo “ponto final”, trazendo esperança para as pessoas de participação e voz ativa em suas decisões. As pessoas precisam saber que podem ser protagonistas de sua própria história, que podem tomar suas próprias decisões, auxiliadas na medida de suas desigualdades. A mediação assistiva pode ser este importante canal.

 

Fontes de Referência :

BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto Alegre, RS. 2013. Disponível em: Acesso em: 07 set. 2014.

CARNEIRO, Virgínia Bastos e outros. A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO PROCESSO DE MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO AUTISTA, http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/16117_7472.pdf, acesso em 01/05/18

KOBAYASHI Fernanda, A inclusão da pessoa com deficiência na mediação de conflitos

http://justificando.cartacapital.com.br/2016/02/22/a-inclusao-da-pessoa-com-deficiencia-na-mediacao-de-conflitos/

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo,  Mutações do direito Administrativo, 3ª. Edição,  Rio de Janeiro, renovar, 2007.

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/cartilha-censo-2010-pessoas-com-deficienciareduzido.pdf
https://nacoesunidas.org/onu-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-e-fundamental-para-a-implementacao-da-agenda-2030/
https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/
http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/discrimination/pub/relatorio_global_2003_suplemento_nacional_232.pdf

[1] BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto Alegre, RS. 2013. Disponível em: Acesso em: 07 set. 2014.

 

[2] CARNEIRO, Virgínia Bastos e outros.  A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO PROCESSO DE MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO AUTISTA, http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/16117_7472.pdf, acesso em 01/05/18

 

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